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RESUMO
Objetivo: O formaldeído é um alisador capilar semipermanente eficaz e popular, mas as graves consequências para a saúde humana devido à sua toxicidade têm motivado a busca por alternativas mais seguras. Diferentes compostos carbonílicos, incluindo o ácido glioxílico, foram recentemente propostos como candidatos promissores. Apesar do interesse neste tópico, há escassez de informações sobre as interações entre a queratina capilar e os agentes alisantes. Este estudo aborda essa questão para obter novos insights úteis no desenvolvimento de novos produtos para deformação capilar semipermanente e segura.
Métodos: As possíveis reações entre grupos carbonila e sítios nucleofílicos em resíduos de aminoácidos pertencentes à queratina foram investigadas utilizando como compostos modelo alguns aldeídos e derivados de aminoácidos. Foram realizadas análises Raman e de infravermelho em cabelos de iaque submetidos ao tratamento de alisamento com ácido glioxílico em diferentes condições. Análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV) foram realizadas em cabelos de iaque e cabelos humanos cacheados após cada etapa do procedimento de alisamento.
Resultados: As reações entre aldeídos e N-α-acetil-L-lisina revelaram a importância da eletrofilicidade da carbonila e da temperatura para a formação de iminas. Análises Raman e de infravermelho em pelos de iaque submetidos ao tratamento de alisamento evidenciaram rearranjos na distribuição da estrutura secundária, alterações conformacionais nas pontes dissulfeto, diminuição dos resíduos de serina e formação de iminas. Também foi indicado que o alisamento produziu grandes rearranjos conformacionais dentro da fibra capilar, e não na cutícula.
Conclusão: Esta investigação revelou o papel desempenhado pela eletrofilicidade da carbonila no agente alisador e pela temperatura, intimamente relacionada ao processo de desidratação. Estudos Raman e infravermelho indicaram o envolvimento de ligações iminas e a ocorrência de uma sequência de modificações conformacionais durante o procedimento de alisamento. As análises de MEV demonstraram a eficácia do tratamento em nível cuticular.
Palavras-chave: síntese química; ácido glioxílico; tratamento capilar; queratina; espectroscopia; alisamento.

RESUMO
Contexto/Objetivo: Os alisadores de cabelo são muito populares em todo o mundo, embora possam causar grandes danos aos fios. Portanto, a caracterização das propriedades mecânicas dos cabelos cacheados utilizando técnicas avançadas é muito importante para esclarecer como os alisadores agem nas fibras capilares e contribuir para o desenvolvimento de produtos eficazes. Com base nisso, escolhemos dois alisadores não convencionais (formaldeído e ácido glioxílico) para investigar como os tratamentos de alisamento afetam as propriedades mecânicas dos cabelos cacheados.
Métodos: As propriedades mecânicas dos cabelos cacheados foram avaliadas por meio de ensaio de tração, medidas de calorimetria exploratória diferencial (DSC), microscopia eletrônica de varredura (MEV), módulo de torção, sorção dinâmica de vapor (DVS) e análise de espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR).
Resultados: As técnicas utilizadas auxiliaram efetivamente na compreensão da influência de alisadores não convencionais nas propriedades capilares. Nos testes de tensão de ruptura e extensão de quebra, o formaldeído apresentou uma redução acentuada nesses parâmetros, com grande dano capilar. O ácido glioxílico teve um efeito discreto em comparação ao tratamento com formaldeído. Ambos os tratamentos apresentaram aumento no módulo de cisalhamento, diminuição na sorção de água e danos à superfície capilar.
Conclusões: A combinação das técnicas utilizadas neste estudo permitiu uma melhor compreensão dos tratamentos não convencionais com alisadores capilares e também subsidiou a escolha do melhor tratamento, considerando uma boa relação entre eficácia e segurança. Portanto, é fundamental determinar as propriedades do cabelo para o desenvolvimento de cosméticos utilizados para realçar a beleza dos cabelos cacheados.
Palavras-chave: análise SEM; análise dinâmica de sorção de vapor; formaldeído; ácido glioxílico; alisador de cabelo; teste de tração; módulo de torção.

RESUMO
Contexto: O ácido glioxílico surgiu como uma alternativa segura ao formol (formaldeído) como alisador/relaxante capilar. No entanto, os possíveis danos à fibra capilar após sua aplicação são pouco conhecidos e/ou publicados na literatura.
Objetivos: Este trabalho tem como objetivo caracterizar mechas capilares tratadas com ácido glioxílico em comparação aos alisantes alcalinos tradicionais, como hidróxido de sódio e guanidina e tioglicolato de amônio.
Materiais e métodos: A morfologia das cutículas capilares foi observada por microscopia eletrônica de varredura. A perda de proteína foi avaliada pelo método de Lowry modificado por Peterson e por meio de propriedades mecânicas expressas em termos de resistência à tração.
Resultados: Todos os produtos (hidróxidos de sódio e guanidina e tioglicolato de amônio) causaram perda proteica de cerca de 2,5 μg/g, exceto o ácido glioxílico, que causou o maior dano (3,5 μg/g), em relação aos cabelos não tratados (virgens) (1,12 μg/g), indicando que os tratamentos químicos podem causar danos capilares tanto na cutícula quanto no córtex. A força de ruptura das fibras tratadas com alisadores tradicionais à base de hidróxido de sódio, hidróxido de guanidina e tioglicolato de amônio foi estatisticamente a mesma.
Conclusão: O tratamento com ácido glioxílico apresentou ruptura à tração estatisticamente equivalente à dos alisadores alcalinos. O mecanismo de ação do ácido glioxílico não parece se basear na quebra e rearranjo das pontes dissulfeto, mas sim na alteração das mesmas, o que influenciou na resistência capilar. No entanto, também é essencial considerar outros fatores relevantes: técnica de aplicação, tempo de reação e intervalo de reaplicação do produto, pois isso pode alterar o padrão dos resultados obtidos.
Palavras-chave: Ácido e alcalino; danos; cabelo; perda de proteína; alisador.